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Sefaz encontra R$ 300 milhões não declarados no Piauí e apreende máquinas de cartão envolvidas em esquema fiscal; veja detalhes

A estimativa da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz-PI) é de que R$ 300 milhões deixaram de ser declarados e R$ 40 milhões sonegados nos últimos quatro anos. Cerca de 1 mil empresas utilizaram as máquinas irregulares nesse período, afirma a pasta.


Uma operação da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz-PI) apreendeu, na quarta-feira (6), 55 máquinas de cartão de crédito e débito registradas no CPF e CNPJ de terceiros em 25 bares, restaurantes e lojas de roupas de Teresina e Parnaíba. A estimativa é de que R$ 300 milhões deixaram de ser declarados ao fisco e R$ 40 milhões não foram recolhidos nos últimos quatro anos com o esquema.


Segundo a Sefaz, as máquinas de cartão precisam estar vinculadas ao CNPJ do estabelecimento onde a venda for realizada. No entanto, aproximadamente 1 mil empresas utilizaram os CPFs de sócios ou outras pessoas, o que configura crime fiscal.


“A maquineta tem que estar cadastrada no CNPJ da empresa e não de outras. Eles fazem isso para ocultar a receita e, com isso, deixar de pagar os impostos”, explica o diretor da Unidade de Fiscalização da Sefaz, Edson Marques.


O diretor aponta que, a cada 30 dias, as empresas devem declarar quanto receberam durante o mês. Nesse momento, os empresários que tinham máquinas registradas em nome de outras pessoas “maquiavam” os ganhos e reduziam o índice de impostos a serem pagos.


Na primeira etapa da operação, a secretaria prevê uma sonegação na ordem de R$ 40

milhões. As demais fases vão envolver outros segmentos econômicos e serão realizadas em todo o Piauí. A Sefaz orienta que empresas com essa prática procurem a pasta para regularizar sua situação antes da próxima fase.


Conforme a Sefaz, a multa aplicada ao estabelecimento flagrado utilizando máquinas registradas no CPF e CNPJ de terceiros pode ser de R$ 2.260 ou R$ 4.520 por equipamento, sem prejuízo da fiscalização e posterior pagamento do imposto sonegado.


Em último caso, de acordo com o diretor Edson Marques, a secretaria pode quebrar o sigilo bancário dos empresários que não entregarem a documentação necessária. Por meio de um convênio com o Ministério Público Federal (MPF), a pasta tem acesso facilitado aos dados bancários.



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